Relatos de Parto


Nessa página você encontrará relatos de alguns dos partos que eu acompanhei, sejam escritos por mim (publicados com autorização da mãe), sejam escritos pela própria parturiente. 


Parto da Emily, escrito pela mãe Nathaly
          Emily foi uma filha planejada. Cerca de 6 meses antes de engravidar, eu comecei a fazer atividade física intensa e acompanhamento nutricional para emagrecer, já na expectativa de engravidarmos estando no “peso saudável”. Dentre os desafios do emagrecimento, eu me preparei para a minha primeira corrida no dia 21 de outubro (5km McDonalds). Na corrida, eu senti que meu corpo estava diferente; resolvi, então, na segunda-feira, dia seguinte, comprar um teste de farmácia. Fiz o teste e... 


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Parto do Henrique, escrito pela mãe Francielly
             Há tempos venho ensaiando sentar-me em frente ao computador e escrever sobre a experiência mais incrível da minha vida: O nascimento de Henrique.
Hoje, passados exatos 4 meses e 2 dias deste grande evento e tendo acabado de colocá-lo para dormir, finalmente estou aqui, com minhas emoções gritando e causando um grande rebuliço em meu peito enquanto olho cada foto e revivo cada minuto dessa viagem sem volta tão maravilhosa que me trouxe ao mundo das mães.
Pensei ser importante contextualizar o cenário da gestação antes de iniciar o relato do dia do nosso nascimento (sim, no dia 07/02/2013 nasceram um filho, uma mãe e um pai).

Capítulo 1: O susto inicial
Marcos e eu engravidamos de nosso primeiro filho quando tínhamos 6 anos e 5 meses de casados. Gravidez super desejada, sonhada e festejada por nós e nossas famílias, descoberta já com 10 semanas. Às 14 semanas de gestação, viajei com meus pais aos USA para comprar o enxoval (por uma questão de economia financeira mesmo, Marcos não foi). Foi lá que nosso primeiro desafio de fé aconteceu. Tive dois sangramentos intensos e sem explicação médica.


... CONTINUE LENDO aqui http://alaya77.blogspot.com.br/2013/10/relato-de-parto-do-henrique-pela-mae.html

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Parto da Ananda, bebê da Luana.
escrito por ela mesma.
        Chegou. Chegou chegando chegadoramente... E simplesmente AHAZOU, minha filha!
       Sabe, no dia 9 de dezembro fiz o post “nove meses”, pois finalmente me sentia totalmente preparada pra te receber. Foram realmente muitas mudanças, algumas bruscas, outras suaves, mas sempre positivas. Minha mente já estava em paz e eu sabia que faria de mim mesma a melhor coisa possível pra você.
        Mas antes de contar a sua linda chegada chegadícia, vou voltar um pouquinho no tempo, falando sobre quando eu comecei a preparação do “como” você viria:
      No início estava completamente perdida, mas por muita sorte, logo me indicaram uma doula (a linda Arix ganha créditos aqui), e a partir daí meu mundo se abriu!






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Parto do Jorge, bebê da Camila e do Nilton

           Dia 1º de agosto (2012) falei com a Camila à noite. Ela estava de 39 semanas e me contou que achava que pela primeira vez tinha sentido uma contração, mas que nem tinha sido dolorida, e que foram muito poucas durante todo o dia. Dia 2 foi lua cheia, e a Camila não deu notícia. Fui dormir pensando nela, no parto dela, imaginando várias coisas. Eis que às 5 da manhã (dia 3) ela me liga. “Acho que minha bolsa estourou, tá saindo muito liquido... as contrações tão doendo”. Perguntei o intervalo de tempo durante as contrações e ela não soube me dizer, disse que ia esperar mais duas e me ligava de volta.
          Às vezes a bolsa pode estourar no início do trabalho de parto, e as contrações ainda estarem espaçadas, e levar horas pra ter que ir para o hospital. Assim que desliguei o telefone me dei conta que se a Camila tinha ligado, é porque a coisa tava forte
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Parto Domiciliar da Maristela

Maristela já era minha amiga virtual a um bom tempo quando se descobriu grávida pela quarta vez. Ela é super informada sobre todas essas questões relativas a parto e maternagem e já havia tido três experiências com partos normais hospitalares. Dessa vez queria um parto domiciliar, para fechar com chave de ouro! Era só questão de encontrar a equipe (Equipe Humaniza, com as enfermeiras-obstetras Kelly e Melissa) e empoderar o Odilson, o marido, que frente às informações abraçou a ideia de ter a filha em casa e poder participar pela primeira vez do nascimento de um de seus filhos (pois infelizmente até hoje muitos hospitais não deixam o marido entrar, apesar de ser lei).


No dia 24/03/12 fui avisada de que ela estava tendo contrações de 10 em 10min nas ultimas horas. Eu sabia que eram pródromos (um pré-trabalho de parto, que pode levar dias), mas como eu morava a 2 horas de distância resolvi ir logo pra lá. Sabem como é, quarto filho, a gente fica achando que quando “engatar” tudo vai mais rápido (ledo engano, cada gestação é única), então eu não queria arriscar chegar tarde, ou deixar para de noite (quando não haveria mais metrô).

Ela estava sentindo contrações indolores, e ao seu lado havia uma folha com os horários de cada contração que o marido, participativo, tinha anotado. A DPP dela (data provável de parto, 40 semanas) era pro dia seguinte, 25 de março, e comentávamos “será que a Maria vai resolver ser pontual”?

Conversamos sobre a participação da Ana Clara, sua filha de 9 anos, durante o parto. E ela me contou que decidiu não mandar os dois meninos mais novos (de 3 e 5 anos) para a casa da tia. Queria a família unida, e ninguém se sentindo excluído! Achei uma linda decisão.

Estava tarde e decidi ficar por lá para decidir no dia seguinte se era melhor eu ficar ou voltar para casa. Dormi super bem no sofá e acordei com a Maristela saindo do banheiro, dizendo que achava que estava perdendo o tampão (muco que reveste a entrada do colo do útero e que se solta antes do parto, para que o colo do útero se dilate). Fiquei animada com a notícia, mas sabia que ainda podia levar mais de um dia para o trabalho de parto começar pra valer.

Ela ainda tinha contrações indolores e irregulares; a cada 12 minutos, a cada 9 minutos. Então uma das parteiras chegou lá para ver como tudo estava: os batimentos cardíacos do bebê estavam normais e o exame de toque indicou 1cm de dilatação. Ainda havia uma longa estrada para percorrer e a enfermeira-obstetra sugeriu que ela começasse a tomar chá de cravo com canela (são alimentos termogênicos, aquecem e aceleram o metabolismo. Na medicina chinesa dizemos que eles são alimentos “quentes” que movimentam o sangue, ajudam a movimentar o útero).

Sugeri à Maristela que caminhássemos um pouco, ia fazer bem para ela se mover e tomar um pouco de sol. Caminhamos bastante e as contrações começaram a ritmar mais. Ela ficava animada a cada contração! Aproveitamos a ida ao mercado para comprar o cravo e a canela.

Voltamos para casa e ela resolveu começar a usar a bola para dar uma soltada no quadril, movimentar a pelve.  Fiz um chá para ela ficar tomando enquanto faziam o almoço. A Kelly (parteira) foi lá de novo, escutou o bebê, me ensinou a usar o Doppler, e deixou o aparelho lá pra caso sentíssemos necessidade de ouvir os batimentos cardíacos da Maria.

O Almoço ficou pronto e ela não sentia fome, mas insisti para que se alimentasse, ia precisar da energia mais tarde. Logo depois do almoço as contrações foram ficando mais fortes e ela sentia a cabecinha da bebê empurrando e encaixando. Fiz uma auriculoterapia nela e passei em sua lombar uma pomadinha chinesa que aquece a região. Passamos a tarde batendo papo na sala, e assistindo “Curtindo a Vida Adoidado” (filme velho! hehe) que começou a passar na TV. As contrações iam ficando mais fortes, e os intervalos as vezes diminuíam. Estavam de 8 em 8 minutos, de 10 em 10, de 7 em 7... irregulares ainda, mas às vezes já forçavam a Maristela a parar de conversar e fechar os olhos. Eu fazia carinho em seus ombros e a lembrava de soltar e respirar. Ela dizia que sentada na bola tudo estava fluindo melhor, que a bola ajudava a relaxar e a abrir mais a pelve.

Seus meninos corriam livres pela casa, brincando com lego, com a mangueira d’água, soltos e felizes. Sua filha mais velha procurava ficar perto da mãe, observando tudo. Então aconteceu algo que nos deixou um pouco preocupadas. A água acabou no bairro! E agora? Como ter um parto em casa sem água? Como encher a piscina, lavar as mãos, tomar um banho? A preocupação deu uma travada no processo, é preciso de tranquilidade para o parto fluir bem. Resolvemos esperar, o TP não tinha “engatado” ainda, e a água poderia voltar – e de fato voltou 2 horas depois! Ufa!

Então passei um óleo de massagem na Maristela, para ajudar a relaxar depois da preocupação. Massageei seus ombros e costas, e também pontos de acupuntura que podem ser usados para estimular naturalmente o parto. Depois fiz um pouco de acupuntura nela, com as agulhas mesmo, e continuei anotando os intervalos entre cada contração. Tudo ia fluindo normalmente e os intervalos de 6 em 6 minutos entre cada contração iam ficando mais frequentes, as vezes com algumas a cada 5 minutos, ou 4.

Era muito legal de ver a tranquilidade e naturalidade com que ela encarava tudo.  Ela recebeu visita de parentes e amigos, ganhou presentes, comeu bolo. Então a noite foi se aproximando e eu fui ficando. Não sabíamos como estava a progressão dela, mas parecia, aos poucos, que tudo ia aumentando e ficando mais forte. Pensei “deve nascer hoje à noite ainda, ou amanhã”, então fiquei.

Então a Melissa chegou, a outra enfermeira-obstetra. Ela fez o toque e os 1cm da manhã tinham evoluído para 5 a 6cm. Ficamos surpresas como naquela tarde tudo tinha evoluído bem. A Melissa fez poucos toques, pois acredita, assim como eu, que quanto menos interferimos melhor, e o toque às vezes só serve para gerar uma ansiedade, criar uma expectativa.

Fiz mais um chá de cravo e canela bem concentrado para a Maristela, e ela quis voltar para a bola, sentia que as contrações eram mais fortes e regulares quando estava nela do que quando sentava no sofá. Ficamos as três conversando, eu fazia massagens e estimulava manualmente alguns pontos de acupuntura, a Maristela respirava e rebolava, as crianças brincavam e o Odilson acompanhava, sempre atento.

Parto em casa é assim, tem essa tranquilidade e naturalidade. Ela podia usar sua cozinha, seu banheiro, tomar um banho quentinho, brincar com os filhos, ver TV, conversar com as amigas. Até pizza pedimos. A Melissa ria e dizia “você não parece alguém que já está com 6cm de dilatação, mas eu conferi e é isso mesmo!”. De fato ela estava muito calma.

Começamos a arrumar o local onde ia ser o parto, colocamos a piscina inflável, um difusor aromático com vela, música calma. As enfermeiras-obstetras foram arrumando todo o material para o parto: balança para pesar o bebê, fita para medir o perímetro encefálico, material de sutura, seringas, balão de oxigênio, sonda, caixinha com os hormônios sintéticos para caso fosse necessário, era uma malona! Elas praticamente trazem o hospital para o domicílio, garantindo toda a segurança para aquele momento (felizmente em um parto domiciliar bem conduzido raramente é necessário usar a maioria desse material). Também fomos arrumar a primeira roupinha da bebê: meias, toquinha, macacãozinho. Cada coisa mais fofa! A hora ia se aproximando, todos podíamos sentir isso. Algo na expressão de Maristela e no ambiente da casa ia mudando...

Pedimos para as crianças desligarem a TV e irem se acalmando. Chamamos a filha mais velha, a Ana Clara, e a afilhada, Duda, que tinha chegado, (de 9 e 13 anos respectivamente)e pedimos que ajudassem a deixar os meninos calmos brincando em seu quarto. Elas ajudaram muito, foram super prestativas! Também escreveram recadinhos de boas vindas à Maria no quadro ao lado da banheira onde ela ia nascer, cada recado lindo!

Começamos a encher a banheira lentamente, com uma mangueira que o pai comprou para colocar no chuveiro. Outro exame de toque e ela já estava com 8cm, mas a bebê ainda estava alta no útero. As contrações estavam mais regulares e mais fortes, às vezes ela parava de respirar com a dor e encolhia os ombros, e eu a tocava com calma tentando ajudar  para que relaxasse. Outras vezes ela ria e falava durante as contrações, era um barato ver tudo aquilo acontecendo!

Maristela comentou comigo como era engraçado que em seus três partos anteriores a bolsa não tinha estourado (apenas fissurado, escorrendo o líquido de pouco em pouco). Eu estava bem ao seu lado quando ela se abaixou para pegar algo e eu ouvi o “ploft”, senti o líquido escorrendo no meu pé, e vi a Maristela encharcada de líquido amniótico. Que ironia, justo quando ela estava me falando que nunca tinha estourado! Um litro de líquido verde claro. Espantada, ela observou “tá com mecônio”. Chamei a parteira para ver, mas não havia com o que se preocupar, o líquido estava claro, era pouco mecônio (um cocô que o bebê faz que consiste do que ele engole do líquido amniótico e tem cor verde). É normal o bebê liberar um pouco ainda dentro do útero em algumas situações, só é motivo de preocupação quando ele se apresenta verde mais escuro e grosso, e não claro e fluído como estava. A natureza é sábia, disse Melissa, “a bolsa estourou e todo o mecônio foi embora”. Tudo seguiu normalmente.

A partir daí tudo ficou mais forte! As contrações vinham ritmadas uma depois da outra e doíam mais também. Maristela sentou-se na bola, eu fui para trás dela para tentar ajudar a relaxar e chamei o Odilson para ficar na frente dela, segurar sua mão, dar um apoio. Mas não estava fluindo bem. A enfermeira-obstetra sugeriu que o casal fosse pra outro cômodo e ficasse juntinho, em privacidade, e com carinho se beijasse, para ajudar a produção do hormônio do amor, a ocitocina, que faria esse parto fluir bem.

Ficaram um tempão juntinhos à meia-luz, tocava música tranquila, e eles até comiam chocolate de vez em quando.  A filha mais velha ainda estava acordada, ansiosa e querendo ajudar, e começou a tentar ajudar a encher a banheira levando baldes de água quente para lá. Mas não era o momento e puxei as meninas e sugeri que elas dormissem, disse que ainda ia demorar bastante e eu as chamaria quando nascesse. Elas aceitaram, estavam cansadas.

As contrações foram ficando cada vez mais fortes e ela não encontrava mais uma posição confortável para ficar. Já era 1h da manhã e ela estava ficando cansada também. A pedido dela, o pai levantou e foi fazer um capuccino (PD é tudo de bom né?!), e ela deitou-se na cama e tentava cochilar no intervalo de cada contração. Agora elas eram muito compridas, e a dor começava a ficar intensa demais. Gestante informada é outra coisa! No intervalo de uma contração ela riu e falou “é nessa hora que a gente pede uma cesárea porque não aguenta mais”. Estava doendo, e ela estava cansada, mas estava sendo muito forte!! Eu tentava pressionar seu quadril, mesmo que de um lado só, tentando aliviar a pressão na bacia. O marido segurava sua mão, e ela pedia pela presença dele, era muito importante ter ele ali presente. Eu tentava lembra-la que naquela noite tudo acabava, que a cada contração era menos uma, e logo ela teria a filha. As contrações não estavam dando trégua, vinham uma depois da outra, com poucas pausas, e ela não estava confortável e estava ficando angustiada com a dor.

O capuccino fez efeito, deu uma energia, e ela levantou e disse “eu vou é pra água!”. Estávamos “segurando” a piscina pois não é bom entrar na água muito cedo, já que ela pode relaxar demais e o parto parar de progredir. Mas uma mulher em TP sabe o que quer, e ela foi!



Ao entrar na piscina morna seu semblante mudou imediatamente. As contrações ainda doíam, mas a postura estava mais confortável para ela, foi ali que ela encontrou sua partolândia, foi ali que ela mergulhou na experiência por completo, com seu marido sentado na banqueta de parto, atrás dela, apoiando e fazendo carinho. Ali ela se permitiu gemer e gritar e rugir como uma leoa, era forte, era dolorido, era intenso, e ela era capaz!

Nós (as duas enfermeiras obstetras e a doula) ficamos em outro cômodo, atentas, mas permitindo a privacidade daquele momento tão único. Fui à cozinha e encontrei a Duda (13 anos) de pé, um pouco assustada com os barulhos. Então sentei com as meninas e falei que era normal, que era como andar de montanha russa, a gente grita porque está com medo, mas porque está empolgada também, é uma experiência forte, mas elas não precisavam se preocupar. Entenderam e resolveram voltar a dormir. Os meninos, mais novos, não acordaram em nenhum momento. Tudo parecia muito bem orquestrado.

Nesse momento Maristela verbalizou sua forte vontade de empurrar e fazer força. Ela chamou as parteiras, pois sentia a filha saindo. Não estava para fora ainda, mas o corpo da mãe mostrava que a bebê já estava no canal. A Melissa fez um último toque e viu que a dilatação estava completa. Incentivamos Maristela a fazer o que sentisse vontade, seguir seu instinto, e ela foi empurrando a cada contração. Em um momento ela disse “mesmo fora da contração eu sinto que ela está escorregando sozinha para fora, se movendo dentro de mim”.

Então com um grito ela anunciou o “círculo de fogo”, a ardência... mais um grito e a cabecinha saiu! Maristela era forte, e sabia o que queria; queria a filha nascida! Na próxima contração fez sua última força e todo o corpinho da bebê escorregou para fora, para dentro d’água, sendo amparada pelas mãos da enfermeira, que prontamente desenrolou o cordão que estava enrolado em seu pescoço (o que é normal em quase 30% dos partos normais e não é impedimento nenhum) e a entregou (cheia de vernix, que protege a pele do bebê) para a mãe.

A mãe recebeu sua filha com sorrisos, lágrimas e muitas boas-vindas. Era pura ocitocina, era puro amor! O pai emocionado exclamou “minha filhinha!”, e ficou admirando a bebezinha, que estava começando a respirar pelos pulmões. A própria Maristela limpou o narizinho dela, quando ela tossiu e expeliu o resto de liquido amniótico, não era preciso aspirar. Maria mechia sua rosada boquinha e olhava o rosto da mãe com grandes olhos abertos, mexendo os pezinhos na água e encostando suas pequenas e delicadas mãos no colo de sua mãe, reconhecendo sua voz, sentindo seu cheiro. “Que bebê calma e feliz” eu pensei! Era em torno de 02:20 da manhã, dia 26/03/12, e ela pesava um pouco mais de 3.700kg. Papai e mamãe ficaram curtindo sua nova filha, deslumbrados com aquele serzinho. O cordão umbilical foi cortado pelo Odilson apenas após algum tempo, permitindo que todo o oxigênio, os nutrientes e anticorpos, fluíssem para a bebê, garantindo uma chegada mais serena a este mundo.

A Kelly começou a arrumar o material para dar os primeiros cuidados, enquanto a Melissa observava a mãe checando se estava tudo bem. Enquanto isso fui chamar Ana Clara e a Duda para conhecerem a bebê. Seus sorrisos ao verem a cena eram contagiantes, estavam encantadadas e empolgadas com aquele momento. Elas queriam muito estar presentes para ouvir o primeiro chorinho, e a bebê não havia chorado ainda, estava curtindo o colo da mãe, absorvendo o que tinha acontecido.


Maristela precisava se levantar para ir parir a placenta fora d’água. Naquele momento, quando a bebê foi tirada do colo da mãe na banheira para o pai poder segurar, chorou seu primeiro choro de vida a plenos pulmões!
Mãe e bebê ficaram namorando deitadas, as duas estavam calmas e entregues ao momento. Logo saiu a placenta com um pouco de esforço e Maristela levou alguns pontos por causa de uma laceração mediana, mas nada grave. O sangramento natural foi contido e logo ela foi para o banho, sem sentir tontura, apenas o cansaço de seu enorme esforço, afinal é um “trabalho”!



Saímos de lá com a bebê enroladinha em paninhos no colo do pai que a admirava, a irmã e afilhada emocionadas, e a mãe curtindo cada pedacinho da sua linda filha caçula!
Assim que todo mundo foi embora, a Mariazinha foi direto para o sling! Não poderia ser diferente, a Maristela vende slings aqui em Brasília (http://bsbslings.blogspot.com.br/) e sabe muito bem como este é benéfico para o recém nascido, ajudando a manter o contato constante do binômio mãe-bebê.
 Saí cheia de ocitocina, e muito feliz e agradecida pelo presente que é poder participar de um momento desses! 
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